Baião do Mundo: A Música do Nordeste

Baião, A Música do Nordeste

O Hangover-Music nascera em meio a minha graduação: lá pelos idos do segundo/terceiro período em jornalismo, sendo específico. É verdade que fora um filho, às vezes, esquecido – como bem ilustra o tempo que passei sem postar –, mas ainda assim seu impacto, nesse período, foi de grande proporção. 

Não, não trata-se de um exagero de minha parte; afinal, esse espaço foi – e espero que continue  sendo – realmente importante e complementar a mim.  Muitas vezes, de verdade, o que eu fiz durante o curso uniu-se a algumas empreitadas deste blog. Exemplo? Meu próprio TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).


Várias postagens daqui relacionam-se a esse TCC (sendo uma das mais emblemáticas a entrevista, em 2012, com o grande guitarrista recifense Heraldo do Monte), o caminho foi natural e um tanto óbvio: música, claro. Mas qual seria o direcionamento? Dei tantas "voltas". No fim, parei na que sempre esteve sob meus ouvidos e demorei para notar (como ela merecia, ao menos), a música nordestina.

Em parceria com o grande amigo Alexandre Vinícius – uma figura que, apesar de não ter nenhum texto publicado aqui (sim, foi uma indireta, cara), teve papel importante para o desenvolvimento do blog –, demos prosseguimento a pesquisas e trabalhos feitos previamente. O resultado final apareceu sob o formato de "O Baião do Mundo, a Música do Nordeste".

Dividido em dois programas, o projeto ganhou vida através do radiojornalismo. Sob orientação do professor Vlaudimir Salvador,  concluímos nosso trabalho no último semestre que restara. Como quase sempre acontece, houveram falhas. Determinada entrevista que não conseguimos. Talvez algum trecho equivocado. Ou a qualidade de captação não tenha sido das melhores (vide a entrevista com o mestre violeiro Adelmo Arcoverde). Mas há alma. Bem, há música.


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O Baião do Mundo, a Música do Nordeste é resultado de todas as músicas que permeiam nosso imaginário e daqueles que as criaram, então, agradecemos a Mozart, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Led Zeppelin, Black Sabbath, Quarteto Novo, Quinteto Armorial, Zé Ramalho, Lula Côrtes, entre tantos outros.

Baião. Impossível ler a palavra e não associar o tradicional ritmo ao nordeste, ao estado de Pernambuco. Tendo como base o próprio baião, o trabalho pretende ir além – compreender os estilos musicais produzidos no nordeste e que, muitas vezes, são vinculados ao ritmo. Além do entendimento do gênero, também buscamos oferecer uma viagem musical pelas raízes musicais nordestinas, às vezes, tão pouco compreendidas e abordadas na mídia: desde ao lundu, ao movimento psicodélico e trabalhos contemporâneos.

Afinal, o que é o baião? Existe algo realmente puro nesse tipo de música? As misturas se fazem presentes desde as primeiras obras de Luiz Gonzaga até os grupos contemporâneos. Mas como diria, em entrevista, o guitarrista pernambucano Fred Andrade: “o interessante é uma coisa meio baião, meio maracatu, meio xaxado”. E assim da mistura, seguimos combinando, fusionando, unindo e produzindo uma nova música.


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O áudio de ambos os programas pode ser escutado abaixo:



Locutores:
Ademir Santos e Natércia Dantas