2011 - No mês de dezembro, escrevi um texto sobre uma das bandas mais significativas do heavy metal pernambucano, o Chaosphere. Naquela época, o texto visava divulgar o legado de um grupo que, no seu tempo, injetou ânimo a cena recifense criando um material promissor – como, por exemplo, o excelente "Hell is Here", de 2007. No entanto, nunca esperei ou sequer cogitei um retorno da banda. Ainda bem que eu estava enganado.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Entrevista - Alexandre de Orio: ultrapassando os limites da música pesada
Com ampla formação musical e experiência na estrada, o paulista Alexandre de Orio é um daqueles poucos guitarristas que já podem se gabar de seu feitos; afinal, não é qualquer um que mantém projetos tão distintos entre si.
Em sua carreira, o músico passa do thrash/death metal do Claustrofobia, ao experimentalismo fusion do Quarteto Kroma, a inserção no mercado acadêmico com o livro 'Metal Brasileiro' e, mais recentemente, o projeto Alexandre de Orio e Bateria S/A. Ou seja, haja assunto para uma, duas ou três entrevistas! Conversei com o músico enfatizando sua carreira como guitarrista do Claustrofobia – que acaba de lançar a primeira edição de seu festival próprio, em São Paulo – e, também, seu livro recém lançado.
sábado, 3 de novembro de 2012
Apresentando: Arandu Arakuaa [ + download]
Metal cantado em Tupi Antigo e com influências de música tribal brasileira?! Inicialmente, a proposta pode parecer ousada, confusa e, até mesmo, impensável. No entanto, o grupo brasiliense Arandu Arakuaa – em tupi, saber dos ciclos dos céus ou sabedoria dos cosmos – aposta nesse formato desde sua criação, em 2008. Mas, foi neste ano que a banda realmente estabilizou-se e, com isso, segue tanto colhendo bons frutos na mídia especializada quanto surpreendendo quem, inicialmente, não acreditava na sua ousada proposta.
domingo, 21 de outubro de 2012
Resenha: Wintesun - Time I
Ano de Lançamento: 2012
Desde que o lançamento do novo trabalho da banda finlandesa Wintersun fora anunciado, em 2006, já se passaram seis anos. Seis longos anos. Um período enorme para um projeto que foi bastante bem recebido já em seu primeiro disco, em 2004, e que, ainda na estreia, já ameaçava, crescer tornando algo além de um trabalho solo do seu líder, o músico Jari Mäenpää (ex- Ensiferum).
Mesmo com a demora para lançar um segundo álbum, o Wintersun conseguiu agregar uma boa base de fãs que, pacientemente, esperou o pretensioso – segundo as intenções de Mäenpää – novo disco. No entanto, apesar da banda agora possuir membros fixos, na prática o Wintersun segue como um projeto solo de seu vocalista, guitarrista, tecladista, arranjador e compositor – sim, além de membro fundador, ele é responsável por todas essas funções (!).
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Resenha: One Arm Away - Destiny (EP)
Ano de Lançamento: 2012
Já se passaram quatro anos desde que o músico pernambucano Antonio Araújo assumira, no lugar de Silvio Golfetti, uma das guitarras da banda paulistana de thrash metal Korzus. Paralelamente ao trabalho do grupo paulista, Araújo apresenta, em 'Destiny', três composições autorais de seu novo projeto, "One Arm Away".
É verdade que, atualmente, o músico mais seja lembrado e associado a sua função como guitarrista. No entanto, quem conheceu sua antiga banda – a recifense ChaoSphere – sabe que ele pode, também, cantar. Aliás, seus vocais – mais voltadas ao metal tradicional, digamos – sempre foram apontadas como um diferencial no trabalho do ChaoSphere.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Resenha: Down - Down IV Part I – The Purple (EP)
Ano de Lançamento: 2012
Com a diminuição de poderio da indústria fonográfica, diversos grupos vem inovando na distribuição dos seus materiais. Em "The Purple EP", os norte americanos do Down exibem o primeiro dos quatro EPs que, somados, irão compor o que seria o quarto disco do grupo, "Down IV", numa 'nova' estratégia de lançamento.
Desde 1995, o som da banda, capitaneada pelo icônico vocalista Phil Anselmo (ex-Pantera, Superjoint Ritual), evoca influências carregadíssimas de Black Sabbath aliados a uma pegada específica de heavy metal que soa ora sludge, ora stoner. E, como cereja no topo do bolo, um acentuado sotaque sulista.
domingo, 16 de setembro de 2012
Resenha: Judas Priest - Screaming for Vengeance
Ano de Lançamento: 1982 ( 2012, edição de 30ª aniversário)
Há 30 anos, o clássico grupo britânico de heavy metal Judas Priest lançava seu oitavo álbum, o aclamado – e não menos clássico, convenhamos – "Screaming for Vengeance".
Com nove faixas autorais – apenas "(Take These) Chains", de Bob Holligan, é uma releitura –, o registro marcara tanto pela qualidade e diversificação quanto pelo fato de seguir, até hoje, como o maior sucesso comercial dos ingleses.
Tamanha é a importância desse trabalho que, para comemorar o seu trigésimo aniversário, foi lançada uma versão de luxo com faixas extras e um DVD bônus. Mas, levando em conta a extensa discografia do Judas Priest, o quê tornou este disco tão bem quisto e sucedido, até agora, no catálogo da banda?
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Resenha: Loudness - 2・0・1・2
Ano de Lançamento: 2012
Em seus mais de 30 anos de história, o Loudness se consolidou como um dos principais expoentes e pioneiros do heavy metal nipônico.
E sim, mesmo com os principais integrantes passando da casa dos 40 anos, o Loudness segue como uma das bandas mais relevantes do Japão. Discos expressivos – dentro da realidade do cenário, claro – como "Thunder in the East", de 1985, garantiram tanto a longevidade da banda quanto uma exposição e alcance para além do oriente.
E sim, mesmo com os principais integrantes passando da casa dos 40 anos, o Loudness segue como uma das bandas mais relevantes do Japão. Discos expressivos – dentro da realidade do cenário, claro – como "Thunder in the East", de 1985, garantiram tanto a longevidade da banda quanto uma exposição e alcance para além do oriente.
Na extensa discografia do grupo, a formação estável sempre foi um chamariz aos curiosos e motivo de orgulho para os fãs. Entretanto, a saída do vocalista Minoru Niihara, no final dos anos 80, configurara a primeira mudança de formação dos japoneses – em vários anos, foi a única, na verdade. Para felicidade de seus apreciadores, Niihara regressaria ao seu posto e, por alguns anos, a banda manteria sua formação original; mas, infelizmente, Munetaka Higuchi (baterista) viria a falecer, em 2008, vítima de um câncer de fígado.
sábado, 8 de setembro de 2012
Resenha: Devon - Unreal
Ano de Lançamento: 2012
Após quatro anos em atividade, a banda de heavy metal mineira Devon lança seu primeiro registro oficial, "Unreal".
Devo salientar que, antes mesmo de ouvir o trabalho, o esmero com a parte gráfica roubou-me, de cara, a atenção. Explico: o encarte foi muito bem planejado e todo o design gráfico, no geral, salta aos olhos. Depois desse primeiro contato positivo, logo veio-me a seguinte indagação: a música manterá o nível profissional anunciado na arte da obra?
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Resenha: Ozzy Osbourne - Diary of A Madman
Ano de lançamento: 1981
Com o lançamento de "Blizzard of Ozz", em 1980, o vocalista britânico Ozzy Osbourne finalmente provara que poderia manter uma carreira solo estável, com elementos distintos a sua antiga banda – o Black Sabbath – e, ao mesmo tempo, se firmar como artista de maneira independente ao que fez no início de sua carreira, por exemplo.
Na época, dar pouco crédito a nova investida de Ozzy seria uma opção coerente; o cantor vivia uma vida repleta de excessos e a sua saída do Sabbath, com direito a ida e vindas, foi bastante conturbada. Apesar dessas adversidades, alguns fatores, inquestionavelmente, serviram de mote pro início da sua empreitada solo: a contribuição do incrível guitarrista Randy Rhoads e o empresariamento – daquela que viria, um ano depois, a ser sua famosa esposa – Sharon Osbourne. Houve outros fatores, claro. Mas esses, além do próprio, são considerados fundamentais para o sucesso de sua estreia solo com a 'dobradinha' "Blizzard of Ozz" (1980) e, lançado um ano depois, o disco aqui resenhado: o clássico "Diary of A Madman".
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Resenha: Nervosa - "2012" (demo)
Lançamento: 2012
Após dividirem atenção entre críticas e elogios, finalmente o trio paulista de thrash metal (feminino) lança sua primeira demo, "2012". Contendo três composições e alguns adicionais – como o clipe para 'Masked Betrayer' – , Fernanda Lira (baixo e vocal), Prika Amaral (guitarra) e Fernanda Terra (bateria) apresentam um direcionamento musical bem definido em faixas sobrepostas a uma excelente produção – lembremos, trata-se de uma demo.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Entrevista - Heraldo do Monte: sotaque matuto no jazz
O ato de entrevistar, ao meu ver, constitui a principal diretriz da atividade jornalística e, tenho de admitir, poucos verbos — comuns a essa prática — me agradam tanto como entrevistar.
Apesar das técnicas aprendidas, de uma possível experiência em trabalhos passados e do planejamento envolvido, ainda há um fator crucial para o sucesso de uma entrevista: o entrevistado, claro. Para minha sorte enquanto ouvinte e entrevistador, seja através de sua carreira na música instrumental — onde, além dos seus trabalhos solo, foi personagem do icônico disco do Quarteto Novo, de 1967 — , por meio de suas inúmeras contribuições musicais (foram tantas que a sua memória, às vezes, o trai, admitiu) ou apenas colaborando com esta simples entrevista, o humilde multi-instrumentista pernambucano se sobressai.
Conhecido por, em conjunto com suas estimadas guitarras, ter quebrado as barreiras tradicionais ao jazz americano — adicionando, assim, um sotaque nordestino — , Heraldo do Monte é considerado, por muitos, um verdadeiro mestre. Entretanto, o instrumentista, de 77 anos, ainda demonstra certa timidez com a alcunha e diz que cumprira seu sonho como músico há muitos anos — quando, finalmente, tornou-se um guitarrista de orquestra em São Paulo (cidade onde vive atualmente).
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Resenha: Claustrofobia (28/07/12 - Bar Burburinho, Recife)
Após dois anos, finalmente os paulistas do Claustrofobia voltaram as terras pernambucanas. Atualmente, o quarteto de thrash/death metal - formado por Marcus D'Ângelo (vocais, guitarra), Alexandre de Orio (guitarra), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D'Ângelo (bateria) - vem divulgando o seu mais recente trabalho, o álbum intitulado "Peste".
Os paulistas de Leme sempre arriscaram algumas composições em português, é verdade; mas nunca, até então, um álbum inteiro focado no idioma nacional - como é o caso de "Peste". Mantendo a tradição, o disco é carregado de críticas ácidas, em meio ao caos sonoro (caosfera?), e possui inclusões rítmicas de samba em alguns riffs - cortesia do guitarrista Alexandre de Ório, acredito - e levadas de bateria.
Os paulistas de Leme sempre arriscaram algumas composições em português, é verdade; mas nunca, até então, um álbum inteiro focado no idioma nacional - como é o caso de "Peste". Mantendo a tradição, o disco é carregado de críticas ácidas, em meio ao caos sonoro (caosfera?), e possui inclusões rítmicas de samba em alguns riffs - cortesia do guitarrista Alexandre de Ório, acredito - e levadas de bateria.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Entrevista - Nervosa: pretendendo inspirar garotas a tocarem
Orgulhosamente apresentada como uma banda feminina de thrash metal, a Nervosa vira a luz do dia na cidade de São Paulo, em 2010, visando produzir um som agressivo, rápido e direto. Ou seja, as diretrizes comuns ao thrash metal.
Apesar de, por ora, não possuir nenhum registro oficial, o atual trio — composto por Fernanda Lira (baixo, vocal), Prika Amaral (guitarra) e Fernanda Terra (bateria) — tem atraído a atenção do público, principalmente, após o lançamento do clipe realizado para a faixa "Masked Betrayer". Bastante acessado no YouTube, inclusive rendendo ótimas posições no site, a boa receptividade do vídeo foi um dos primeiros passos para futuras aberturas de shows, participação em festival — o "Roça N' Roll" —, entrevistas e um contrato com uma gravadora internacional (Napalm Records) atualmente.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Resenha: Glitter Magic - Bad for Health
Ano de lançamento: 2012
Glitter Magic. Ao me deparar com este nome logo mentalizei uma banda assumidamente glam ou, em outras palavras, um grupo bem farofa; enfim, com aquela sonoridade típica e, por vezes, exagerada tão comum as bandas populares dos anos 80.
Curiosamente,
após ouvir o disco descobri que o título trata-se, na verdade, de um
trocadilho com a faixa "Black Magic", do clássico disco de estréia dos
americanos do Slayer.
Quanto a sonoridade, eu não errei totalmente; o som dos mineiros de Juiz de Fora bebe da fonte do hard oitentista, mas as influências atípicas ao gênero são tão fortes que conferem uma identidade, uma diferenciação ao Glitter Magic.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Coluna Playlist #5: Rainbow - Long Live Rock 'n Roll
Qual seria o hino definitivo do rock 'n' roll? Em meio a inúmeras discussões entre fãs do estilo, talvez esse questionamento represente a discussão mais recorrente, mais empolgante e, como qualquer pergunta do tipo, mais subjetiva.
No dia 13 de julho (dia do Rock 'n' Roll), essa questão sempre ganha mais significância, pois entre os seus admiradores existe uma certa necessidade de sintetizar todo o estilo e sua importância elegendo não três ou duas; mas, às vezes, uma única obra.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Entrevista - Raimundos: "somos movidos a desafios"
Com mais de uma década de história e contrariando os padrões musicais de sua época, o Raimundos firmou-se como uma das principais bandas do rock nacional.
A inusitada mistura de hardcore com elementos da música nordestina - o dito forrócore -, sobrepostos a letras escrachadas e guitarras pesadas, renderam ao grupo de Brasília, pouco a pouco, um status privilegiado no cenário nacional - inclusive com alguns hits emplacando nas rádios populares.
Contudo, após a problemática e repentina saída do vocalista Rodolfo Abrantes, o Raimundos perdeu parte desse prestígio e visibilidade na mídia. Além de todos os problemas resultantes da saída do vocalista, a banda passou por algumas reformulações em sua formação - Digão, um dos fundadores da grupo, além de tocar guitarra passaria, também, a cantar - e sofreu com uma certa descrença por parte do público que outrora os veneravam.
domingo, 1 de julho de 2012
Resenha: Gojira - L'Enfant Sauvage
Ano de Lançamento: 2012
No cenário da música pesada atual, há pouquíssimas bandas em ascensão que praticam um som tão singular e, em certos pontos, único como os franceses do Gojira.
A envolvente mistura dos atributos viscerais do death metal com doses de groove e experimentalismo, por fim, sobrepostos a letras ecológicas e espirituais; conferiu ao grupo uma base de fãs variada que aumenta gradativamente. Apesar das composições da banda serem bastante técnicas, os músicos nunca investiram claramente em virtuosismo - não há solos, por exemplo - e desde o primeiro registro ("Terra Incognita", de 2000), aparentam fugir dos clichês comuns a música pesada.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Resenha: Viper - Theatre Of Fate
Ano de lançamento: 1989
Em uma época que o heavy metal brasileiro realizava seus primeiros passos significativos, o grupo paulistano Viper fez uma de suas maiores contribuições quando lançara seu segundo registro, o clássico "Theatre of Fate".
Abandonando a sonoridade mais ríspida e agressiva do disco anterior ("Soldiers of Sunrise", de 1987), "Theatre of Fate" marca uma notável evolução dos seus então jovens integrantes, sobretudo dos principais compositores/ arranjadores - Pit Passarell (baixo) e, a um ano da maioridade, Andre Matos (vocal) -, que, investindo em uma boa produção, novas sonoridades e estruturas, consolidaram este trabalho como um dos alicerces da música pesada nacional, quiçá mundial.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Resenha: Mahavishnu Orchestra - The Inner Mounting Flame
Ano de lançamento: 1971
Fruto da incessante musicalidade de John McLaughlin, 'The Inner Mounting Flame' marca um dos passos mais ousados do guitarrista britânico como compositor. Sim, McLaughlin assina todas as composições do álbum de estréia do Mahavishnu Orchestra - a primeira palavra (Mahavishnu) é uma versão mística/religiosa de seu nome, a propósito.
Tendo realizado parceria com o lendário jazzista Miles Davis, a contribuição de McLaughlin para com o surgimento do jazz fusion, no final dos anos 60, foi vital. Entretanto, um dos maiores passos para a consolidação do gênero, viria alguns anos depois; no começo da década de 70, para ser específico.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Resenha: 'The Dark Side of the Moon - Os Bastidores da Obra-Prima do Pink Floyd"
Texto por Alberto Bezerra
Um
dia qualquer do ano de 2008, “navegando” pelo portal Whiplash!, descobri que
existia um livro sobre o álbum clássico do Pink Floyd “The Dark Side of Moon” (1973)
e pouco tempo depois estava eu com ele (o livro, pois o disco eu já tinha) em
mãos. Com a chegada das férias, tive tempo de me dedicar a sua leitura e cá estou
algumas semanas depois para escrever sobre ele.
Como afirmou Cleyton Lutz
(autor do texto do link exposto acima), sobre o livro do jornalista John Harris
“The
Dark Side of the Moon – Os Bastidores da Obra-Prima do Pink Floyd”, boa parte do exposto no livro sobre o
processo de composição e gravação do disco já se encontrava no documentário “The
Dark Side of the Moon”, filme da série “Classic Albums” (de 2003), porém, o
livro de Harris aprofunda alguns aspectos (por exemplo, no documentário, quando
se fala da cantora Clare Torry, vocalista na música “The Great Gig in the Sky”,
há apenas depoimentos positivos dos integrantes da banda, mas no livro a própria Clare menciona a dificuldade em encontrar um modo de
interpretar que agradasse aos músicos, bem como a frieza destes para com ela).
domingo, 17 de junho de 2012
Resenha: Kreator - Phantom Antichrist
Ano de lançamento: 2012
A discografia do grupo capitaneado pelo vocalista e guitarrista Mille Petrozza é extensa e, sobretudo, peculiar; em mais de doze lançamentos, o "Kreator" - sempre sob a supervisão de seu líder - cravou seu nome como um dos principais expoentes do metal europeu, assim, moldando o tão característico thrash metal germânico enquanto, paralelamente, arriscava-se em experimentalismos que renderam - em boa parte dos anos 90 - uma fase controversa e pouco aceita pelos fãs.
Todavia, no lançamento de "Violent Revolution", em 2001, a banda fixou, depois de anos de troca-troca, a formação dos músicos e conseguiu unir o melhor de sua obra - o extremo, o experimental e o melódico - em um disco que foi, e ainda é, amplamente bem quisto entre o público.
Por qual motivo iniciar a resenha citando outro álbum? Simples, pois desde então o "Kreator" prossegue, lançamento após lançamento, mais estável do que nunca e esse registro atesta isso.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Resenha: Guthrie Govan - Erotic Cakes
Ano de lançamento: 2006
De tempos em tempos, a mídia especializada costuma superestimar algum instrumentista - nesse caso, em específico, o guitarrista - e apresentá-lo como um um gênio, o salvador.
Na maioria dos casos, o tal 'gênio instrumentista' acaba sendo lembrado apenas por algumas exibições de virtuosismo pomposas e, talvez, algum suposto material didático no formato de vídeo aula. Adianto que esse não é o caso do guitarrista britânico Guthrie Govan. Não, definitivamente não o é.
Na maioria dos casos, o tal 'gênio instrumentista' acaba sendo lembrado apenas por algumas exibições de virtuosismo pomposas e, talvez, algum suposto material didático no formato de vídeo aula. Adianto que esse não é o caso do guitarrista britânico Guthrie Govan. Não, definitivamente não o é.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Resenha: Saracotia - Saracotia
Ano de lançamento: 2012
A terra que, outrora, revelou nomes como o 'Quarteto Novo' e 'Quinteto Armorial', aos poucos, retoma a efervescência da música "não cantada". Provas? 'Treminhão', 'Rivotrill', 'A Banda de Joseph Tourton' e 'Sonoris Fábrica'. Todos estes grupos , sem exceção, são provenientes de solo pernambucano.
Formada, em 2008, por Rodrigo Samico (violão de 7 cordas), Rafael Marques (bandolim de 10 cordas) e Márcio Silva (bateria), a 'Saracotia' é um dos mais recentes projetos musicais a entregar esse nicho que, cada vez mais, conquista espaço em um mercado ainda restrito. Apesar de já incluir em seu currículo feitos significantes – vide a abertura, no ano de 2011, para o violonista gaúcho Yamandu Costa -, a banda lança, oficialmente, nesse mês de maio o seu primeiro álbum homônimo.
Formada, em 2008, por Rodrigo Samico (violão de 7 cordas), Rafael Marques (bandolim de 10 cordas) e Márcio Silva (bateria), a 'Saracotia' é um dos mais recentes projetos musicais a entregar esse nicho que, cada vez mais, conquista espaço em um mercado ainda restrito. Apesar de já incluir em seu currículo feitos significantes – vide a abertura, no ano de 2011, para o violonista gaúcho Yamandu Costa -, a banda lança, oficialmente, nesse mês de maio o seu primeiro álbum homônimo.
domingo, 13 de maio de 2012
Entrevista - Hangar: heavy metal acústico
Em seus mais de dez anos de existência, a banda de heavy metal "Hangar" passa por uma das suas melhores fases com o lançamento do álbum "Acoustic, But Plugged In!" (2011) e, ainda mais recentemente, o aguardado DVD "Haunted by your Ghosts in Ijuí-RS".
Em ambos os registros a banda gaúcha, formada por Aquiles Priester (bateria), Nando Mello (baixo), Eduardo Martinez (guitarra), Fábio Laguna (teclados) e o novato André Leite (vocais), mostra uma faceta atípica a música pesada, o formato acústico. Contudo, tal formato não foi um desafio inesperado ao "Hangar", pois o grupo já havia realizado algumas apresentações desplugadas. Enfim, além de ser um belo cartão de visitas para o novo vocalista (André Leite), "Acoustic, But Plugged In!" celebra de forma surpreendente a história do "Hangar" em ótimas releituras exibindo, oficialmente, a versatilidade do "Hangar" e, por que não, do heavy metal.
Em meio a essa ótima fase, tive oportunidade de entrevistar o baixista Nando Mello - que topou responder-me algumas perguntas focadas nas atuais produções acústicas do "Hangar". Claro que alguns outros tópicos não foram excluidos... Confiram abaixo.
domingo, 22 de abril de 2012
Resenha: Festival Abril Pro Rock 2012 ( 21/04/12 Chevrolet Hall, Recife)
Texto: Thiago Pimentel - Fotos: Rafael Passos
Em seus 20 anos de história, completados neste ano, o festival 'Abril Pro Rock' consolidou-se, pouco a pouco, como um dos principais eventos destinados a fãs de rock n' roll no nordeste. Não é pra menos, desde a programação, estrutura e até oficinas / palestras, o 'Abril Pro Rock' evoluira consideravelmente.
Na sua vigésima edição, a 'noite pesada' - conhecida por agregar bandas de heavy metal, grindcore e punk - do festival seguiu a sua tradicional fórmula com atrações internacionais ("Brujeria",
"Cripple Bastards", "Exodus), atrações nacionais ('Ratos de Porão', 'Leptospirose', 'Test', 'Hellbenders') e regionais ('Pandemmy', 'Firetomb') intercaladas. Todas reunidas em prol de suprir o anseio de
música alta, violenta e pesada. Bem pesada.
sábado, 14 de abril de 2012
Entrevista - Tormenta: fazendo thrash metal em português
Em seus mais de dez anos de existência, a 'Tormenta' é conhecida no underground nacional por executar um thrash metal cadenciado e, ao mesmo tempo, visceral. Contudo, o maior diferencial é o que está sobreposto a este instrumental, os vocais cantados apenas em português.
Apesar do longo tempo de vida, os paulistas de Ribeirão Preto lançaram apenas um registro - o EP 'Tormenta' (2006) - e, mesmo com uma boa aprovação da crítica, o grupo passa por um jejum de seis anos sem material inédito. Todavia, a 'Tormenta', que hoje tem em sua formação Rogener Pavinski (vocais/guitarra), Flávio Santana (guitarra), Fernando "Muttley" (baixo) e Rafael Rissato (bateria), prepara-se para voltar totalmente a ativa e concluir o seu debut.
Apesar do longo tempo de vida, os paulistas de Ribeirão Preto lançaram apenas um registro - o EP 'Tormenta' (2006) - e, mesmo com uma boa aprovação da crítica, o grupo passa por um jejum de seis anos sem material inédito. Todavia, a 'Tormenta', que hoje tem em sua formação Rogener Pavinski (vocais/guitarra), Flávio Santana (guitarra), Fernando "Muttley" (baixo) e Rafael Rissato (bateria), prepara-se para voltar totalmente a ativa e concluir o seu debut.
Rogener Pavinski, líder da banda, conversou comigo e, além de revelar a situação atual da 'Tormenta' e o uso da tecnologia a favor das bandas, também compartilhou suas polêmicas opiniões sobre a hegemonia da língua inglesa no heavy metal nacional.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Resenha: Pandemmy - Dialectic (EP)
Ano de lançamento: 2012
Se em "Idiocracy" (2011) a banda já mostrara uma evolução latente em relação ao lançamento anterior - a demo 'Self-Destruction', de 2010 -, neste EP o processo evolutivo do grupo fica ainda mais evidente. Deixo claro: a evolução predomina, principalmente, no aspecto mais importante para quem deseja ser músico, a composição.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Resenha: Fight - War of Words
Três anos após o lançamento daquele que é um dos álbuns mais idolatrados e pesados do "Judas Priest" - 'Painkiller' (1990) -, o vocalista Rob Halford surpreenderia os fãs e a crítica abandonando a tradicional banda de heavy metal britânica para, pouco depois, anunciar seu mais novo projeto, o "Fight".
A proposta desta nova investida musical agregaria elementos diferentes dos apresentados no 'Priest', desde o ínicio Halford alertou à todos. Contudo, apesar dos anúncios e avisos, sobre as diferenças de sonoridade, a agressividade latente das composições de "War of Words" causou surpresa e críticas, no geral, positivas. Na verdade, até o visual mais 'despojado' de Halford e seus asseclas - sem as motocicletas e o couro - surpreendeu. Musicalmente, a abordagem desta nova banda visava músicas diretas, agressivas, groove e riffs pesados, bem pesados.
domingo, 8 de abril de 2012
Discografia Comentada: The Jimi Hendrix Experience
"Are You Experienced?", "Axis: Bold As Love", "Electric Ladyland". Três clássicos de valor imensurável não apenas para o rock n' roll, mas, também, para a música em um âmbito geral. Facilmente identificados por qualquer admirador de rock que se preze, boa parte do público, injustamente, apenas associa essa 'trinca' ao seu astro principal, o 'alienígena' Jimi Hendrix.
Entretanto, após a mudança do músico, em 1966, dos EUA para o Reino Unido - sendo este um dos passos mais significantes para sua carreira -, o guitarrista norte-americano contou com o excelente apoio dos ingleses Mitch Mitchell (bateria) e Noel Redding (baixo). Unidos a Hendrix, estava feito um dos mais memoráveis power trios da história, o "The Jimi Hendrix Experience".
quarta-feira, 21 de março de 2012
Entrevista - Ancesttral: "...a cena está forte!" [ + download]
Formada em 2003, a banda de thrash metal paulistana "Ancesttral" consolidou seu nome no cenário do heavy metal brasileiro, em 2007, com o lançamento daquele que foi um dos álbuns mais aclamados pela crítica especializada naquele ano, "The Famous Unknown".
terça-feira, 20 de março de 2012
Apresentando: Pandemmy [ + download]
Atual formação do 'Pandemmy' |
domingo, 18 de março de 2012
Coluna Playlist #4: Shawn Lane - Get You Back
Praticando o que, atualmente, convencionou-se rotular como jazz fusion, Shawn Lane, sem dúvidas, fora um dos prodígios de maior destaque e que mais conseguiu aprimorar-se ao longo dos anos em que viveu.
Apesar das suas inúmeras contribuições, a carreira solo desse músico americano não foi frutífera; rendeu apenas dois álbuns de estúdio, "The Tri-Tone Fascination" (1999) e o seminal "Powers of Ten" (1992).
Apesar das suas inúmeras contribuições, a carreira solo desse músico americano não foi frutífera; rendeu apenas dois álbuns de estúdio, "The Tri-Tone Fascination" (1999) e o seminal "Powers of Ten" (1992).
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Resenha: Paul Gilbert - Alligator Farm
Ano de lançamento: 2000
Lembrado, principalmente, por seu trabalho - incrível, diga-se de passagem - em bandas como o "Mr. Big" e "Racer X", Paul Gilbert sempre fora um dos raros guitarristas americanos que, além do 'mero' virtuosismo nas seis cordas, roubava a atenção por sua incrível versatilidade como músico.
Desde que 'debutou', com o álbum "King of Clubs" (1997), Gilbert mostrou que tomaria um rumo diferente. Um rumo que divergiu dos típicos álbuns solos de guitarristas; ao invés de preencher o disco com faixas instrumentais em que longos 'guiariam a composições', Gilbert apostara em uma incrível variedade de estilos. Sim, há virtuosismo nas guitarras; afinal, estamos falando de Paul Gilbert, certo? Ah, também há incríveis faixas instrumentais. Contudo, elas dividem espaço com canções incrivelmente acessíveis... - pop, pra falar a verdade - e Paul Gilbert, além de compor e tocar as guitarras, também as canta - muito bem, por sinal.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Resenha: Rage - End of All Days
Ano de lançamento: 1996
Subestimado por grande parte dos admiradores da música pesada, o Rage, timidamente, construiu uma das discografias mais sólidas e, sobretudo, extensas do gênero.
E, em meio a tantos títulos, "End Of All Days" é um dos trabalhos essenciais da banda germânica capitaneada por Peter "Peavy" Wagner - vocalista, baixista e responsável por assinar praticamente todas as composições do disco; enfim, o músico é, sempre foi e, até os últimos dias da banda, sempre será o "Rage".
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Resenha: Alcest - Les Voyages De L'Âme
Ano de lançamento: 2012
Há cinco anos, o "Alcest" debutava com "Souvenirs D'un Autre Monde". Desde então, o solitário projeto, do músico francês Niege, cresceu; mais um álbum foi lançado - o bem aceito "Ecailles de lune" (2010) -, turnês foram agendadas, uma base global de fãs/ admiradores fora conquistada e, indubitavelmente , o "Alcest" tornou-se o mais próximo de ser, de fato, uma banda.
Não que Neige tenha dividido suas composições; afinal, ele ainda continua a mente produtiva das músicas do "Alcest" compondo e gravando quase todos os instrumentos - apenas a bateria ficara a cargo de outro músico (Winterhalter).
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Discografia Comentada: Death
Através deste post, tentarei - tentarei, pois é uma árdua tarefa, convenhamos - comentar a discografia do "Death"como forma de homenagem a um dos músicos mais intrigantes que o heavy metal já vira, Chuck Schuldiner.
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